Avenida Arriaga

Uma das principais avenidas da capital que liga a zona frontal da Catedral à Rotunda do Infante D. Henrique, no limite oeste da parte plana da cidade.

Em tempos, era ali que terminava aquilo a que os madeirenses chamavam “Funchal” e era comum dizer-se “vou ao Funchal” quando estávamos, por exemplo, na Quinta Vigia, situada um pouco acima da rotunda do Infante.

Na verdade, até a construção do primeiro grande centro comercial da Madeira, na década de 80, aquela zona da cidade tinha pouco a oferecer, ao contrário de hoje, onde existem hotéis, centros comerciais e a concorrida Loja do Cidadão, na parte norte da Avenida.

É nesta avenida, que já teve, em tempos, a designação de Avenida Manuel de Arriaga, em homenagem ao primeiro presidente eleito da República Portuguesa, que se situam a conhecida placa central, local que serve normalmente de palco para festas e feiras ao longo de todo o ano e que reúne milhares de pessoas para as mais variadas manifestações culturais. É onde se realiza, por exemplo, a Feira do Livro, da responsabilidade da Câmara Municipal do Funchal.

No entroncamento com a Avenida Zarco, é possível encontrar a Estátua a João Gonçalves Zarco, construída em 1927 e da autoria do escultor Francisco Franco.

Nesta artéria, que entronca a Este com a Rua de João Tavira e com a parte norte da Rua António José de Almeida, pode ver, em frente à Delegação do Banco de Portugal, o Largo da Restauração, construído para oferecer, ao centro da cidade, um chafariz em cantaria dura, pedra tradicional da Madeira, na parte norte desse mesmo troço as históricas Caves da Madeira Wine Company, a não deixar de visitar, onde se conta a história de um dos nossos embaixadores, o famoso Vinho Madeira.

Logo depois, o Jardim Municipal, que dispõe de um auditório na sua zona central, inaugurado em 1992 e um labirinto de 8.300 m² de árvores e flores, cuja construção se iniciou em 1880 e que oferece aos seus visitantes, flora de várias partes do mundo.

Em frente, situa-se o mítico Teatro Municipal Baltazar Dias, que também já teve a designação de Teatro Manuel de Arriaga.

Ainda no seu primeiro setor, onde se cruza com a Avenida Zarco, a famosa “Esquina do Mundo”, como lhe chamou o escritor Ferreira de Castro no seu romance “Eternidade”, datado dos anos 30 do século XX, o emblemático café Golden Gate. Era ali que todos os mundos se encontravam ao longo de décadas, quando o Funchal acordava e adormecia naquele que era o primeiro local de paragem dos turistas vindos em cruzeiros.

A Avenida está quase toda encerrada ao trânsito na sua faixa sul, o que permite um passeio agradável e convida-o a sentar-se numa das várias esplanadas em qualquer altura do ano.