Avenida Zarco

Ligando a Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses ao Largo da Igrejinha, já na ligação com a Rua Câmara Pestana, a Avenida Zarco deve o seu nome ao descobridor da ilha, João Gonçalves Zarco. Este navegador tem mesmo em sua homenagem, na zona onde esta artéria se cruza com a Avenida Arriaga, um monumento executado pelo escultor madeirense Francisco Franco e inaugurado em 1930. Foi também nessa década que se abriu a parte superior da Avenida, ligando a partir de então o cais da cidade à Rua Câmara Pestana, apesar de a obra ter se revelado uma tarefa complicada, motivada por dificuldades financeiras da autarquia.

É no setor sul desta avenida, onde Zarco olha o mar, que encontra o Palácio de São Lourenço, um imponente edifício de cor amarela, sendo uma parte residência oficial do Representante da República para a Madeira, enquanto a outra parte é de servidão militar, funcionando ali o Quartel General do Exército. É também nesse edifício que se situa o Museu Militar, aberto ao público, onde se pode visitar parte do espólio militar da Região.

Mais a norte, perto do Monumento a João Gonçalves Zarco, encontra um dos mais emblemáticos cafés do século XIX na cidade cosmopolita. A história do ‘Golden Gate’ remonta a 1841.

É um edifício com a sua esplanada na esquina das avenidas Arriaga e Zarco, que serviu de apoio a um pequeno hotel que existia na entrada da cidade. O café tornou-se ponto de paragem de turistas e residentes, sendo em tempos, um espaço de tertúlias da elite do Funchal. O escritor Ferreira de Castro chamou-lhe “A Esquina do Mundo” e o Golden Gate continua a fazer, hoje, jus à frase, pela diversidade de culturas que reúne.

O setor superior da Avenida tem, à direita, a sede da maior parte dos departamentos do Governo Regional, estando ali situado o Salão Nobre e não na Quinta Vigia, sede do executivo.

À esquerda, cruzando com a Avenida Arriaga, encontra o magnífico edifício do Banco de Portugal, uma obra do Estado Novo no cruzamento com a Avenida Arriaga.