Rua de Santa Maria
A Rua de Santa Maria é das primitivas da cidade e fica situada na freguesia de Santa Maria Maior, que foi a primeira a ser criada na ilha.
O percurso estende-se da ribeira de João Gomes, na Rua Brigadeiro Oudinot, até ao Largo e Igreja do Socorro, e faz-se em demorados minutos ao longo dos mais de 600 metros empedrados em toda a sua extensão. Logo após o início do povoamento foi ali construída uma pequena igreja, denominada de Santa Maria do Calhau, à volta da qual existia um local de convívio, que terminava na zona de praia à qual a rua era paralela, uma vez que nesta zona da cidade o terreno era plano, tornando fácil a abertura da artéria.
A Rua de Santa Maria é hoje um misto do ponto de vista da ocupação. Tem a componente residencial, que já foi mais acentuada, pois ali viviam famílias há muitas gerações, oferecendo também, zona comercial em quase todo o seu comprimento, sobretudo restaurantes e esplanadas, numa rua que oferece ementas para todos os gostos, desde gastronomia tradicional à internacional, inúmeros bares que servem poncha tradicional e com sabor de frutas locais, abertos até de madrugada e algumas casas de fado.
É nesta rua que se situa a famosa padaria Mariazinha e uma residencial com o mesmo nome, o Santa Maria Hostel, uma unidade que aproveitou as instalações das antigas escolas primárias masculina e feminina ali existentes. Era um edifício dividido em duas áreas, destinados à instrução de crianças, não permitindo, no entanto, que as mesmas convivessem nem nos recreios, hoje aproveitados para a esplanada do restaurante ali existente.
Graças ao projeto de recuperação desta rua, muitos artistas conhecidos e anónimos foram transformando portas velhas em obras de arte, fazendo com que os turistas e até os locais se apaixonem por uma caminhada para apreciar os trabalhos em duas ou três dimensões.
É também num dos troços da rua que vai surgir perante os seus olhos um dos passos da Via Sacra.
A Rua de Santa Maria é atravessada por diversas ruelas que, apesar de estreitas, permitem, na sua maioria, a circulação automóvel.
No dia 1 de Maio, dia de São Tiago Menor, padroeiro do Funchal, uma procissão atravessa a rua, a que não faltam as principais entidades oficiais da capital, acompanhado com um elevado número de fieis, que neste dia, agradecem proteção divina ao Santo Padroeiro.