Rua do Aljube
A Rua do Aljube corre paralela à parede norte da Sé Catedral do Funchal e a escolha deste nome não terá sido feita por acaso, uma vez que a palavra aljube significa “prisão eclesiástica”.
Os clérigos tinham o seu foro privativo e tinham também as suas prisões a que se davam o nome de Aljube. A instalação do Aljube no Funchal ocorreu em 1562 e veio a ser demolido nos finais do século XIX, mas a sua memória perdura ainda na rua com o seu nome.
Era uma estrutura que existia, nos séculos passados, em todas as dioceses e que no Funchal funcionava por proximidade com o edifício manuelino concluído no início do século XVI.
A Catedral, de resto, ocupa toda a fachada sul da rua, que termina no Largo de Gil Eanes e no seu lado norte, no Largo do Chafariz.
A rua viveu durante décadas maioritariamente virada para a alta sociedade madeirense, tendo sido ali que ao longo do século passado se instalaram lojas dirigidas a quem tinha abastadas posses, como o pronto-a-vestir Balão Vermelho, a Maison Blanche, que se assumiu como uma espécie de armazéns onde a classe média alta podia encontrar desde brinquedos a roupa, passando por perfumaria e a Phoebus, hoje a única destas Lojas ainda em funcionamento, situada na esquina com o Largo do Chafariz.
Atrás da Catedral, já no entroncamento com o Largo de Gil Eanes, situa-se um ponto de venda de flores da Madeira, ao ar livre, recentemente remodelado pela Câmara Municipal do Funchal, constituindo uma imagem caraterística da ilha, muito procurada e fotografada pelos visitantes. As vendedoras, conhecidas por floristas, vestem o traje típico do folclore madeirense, que desperta a atenção de quem nos visita, e podemos encontra-las também e em maior número, no interior do Edifício do Mercado dos Lavradores.