Rua do Sabão
Este pequeno arruamento liga a Rua dos Ferreiros com a Rua da Praia, confronta com três ruas paralelas na sua extensão, a Rua dos Murças, a Rua da Sé e a Travessa do Cabido e seguindo paralela à Rua do Esmeraldo, mas com uma dimensão ligeiramente maior.
Construída no século XV, é das ruas mais antigas da Capital e o seu nome está diretamente relacionado com o facto de, antigamente, terem existido “Saboarias” nesta área.
Na Madeira, como em todo o país, existiu o “Contrato do Sabão” (denominação dada ao direito adquirido, por um determinado período, para exclusiva exploração deste artigo, no reino de Portugal), um monopólio que se extinguiu em 1857.
Esta artéria também foi denominada de “Rua 17 de junho de 1922” em homenagem aos exploradores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, aviadores que fizeram a travessia aérea do Atlântico Sul. Este topónimo vigorou entre 1922 e 1931, altura em que a presidência da CMF, decidiu “restituir” o antigo nome de, Rua do Sabão.
No sector superior da rua, podemos encontrar algumas lojas comerciais e o Sé Boutique Hotel, que possui um terraço-bar com uma vista de 360º sobre a cidade e uma galeria de arte, no seu rés-do-chão.
Um pouco abaixo, virada para a Praça Cristóvão Colombo, onde se prolonga a sua esplanada, temos a simpática Casa do Chá, no mercado desde o ano 2003 e que dispõe de uma grande variedade de chás e infusões, conhecidas pela sua qualidade e caráter único.
Na parte sul deste arruamento, pode encontrar no interior de um estabelecimento, parte da antiga Muralha da Cidade, um espólio único e preservado devido à sua importância histórica, um dos raros troços das antigas muralhas de arquitetura militar do Funchal, entretanto demolidas.
A Rua do Sabão está quase toda interdita ao trânsito automóvel, apenas possível na sua extensão final, o que permite uma circulação pedestre tranquila e segura e todo o seu prolongamento.